sábado, 28 de março de 2015

Sobre o apego à forma

Toda a forma da tua resistência, dos teus desejos e sofrimento perante a vida, expõe a intensidade do teu interesse e identificação com alguma forma de ti. Revela o apego que nutres por tudo aquilo que pertence ao mundo dos fenómenos, que pertence ao mundo da impermanência, da constante mutabilidade inerente.


Quando te dás conta desse reconhecimento interior, onde observas e te dás contas onde estão as raízes das amarras emocionais as quais encontram a sua forma dinâmica de expressão em pessoas, relacionamentos, eventos, objectos, obrigações, culpa e por aí a fora, despertas para as crenças que permitiste que se erguessem à volta de ti mesmo, simplesmente porque acreditaste e lhes atribuíste importância. E se o fizeste, foi porque assim tinha que ser e serviu o seu propósito para a tua evolução na altura.

Tudo o que aconteceu conduziu-te a este agora. E este agora convida-te a libertares-te do passado, libertares-te da ideia do futuro, libertares-te da mente. Este agora convida-te a libertares-te da imagem, da forma que atribuíste a ti próprio. É a tua mente que dá forma às coisas. Tu não és a mente, tu não és forma. 

Quando morres para a forma, dás-te conta do Sem-forma. Depois reconheces as múltiplas expressões do Sem-forma em todas as formas. Dás-te conta daquilo que És.

E irás, de alguma forma, saber intuindo o que fazer a seguir… Sendo Vida.


Om

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